Maria filha de Deus e Mãe de Cristo
Maria filha de Deus e Mãe de Cristo!
Que Maria é Mãe de Cristo não é questionável, para aqueles que se dizem cristãos. No, entanto, há uma grande discordância quando se diz que esta permaneceu virgem após conceber o Cristo Filho de Deus, Verbo encarnado como relata no Evangelho de São João: "No principio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no Principio com Deus. Todas as coisas foram Feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez". (cf. Jo 1,1-3).
Outro fato é se Ela é Santa ou não, isto para, os católicos não há dúvidas, mas para muitos dos que se denominam cristão é uma "pedra no sapato". Sua morte é um mistério para muitos dos que dizem crer na primeira preposição deste texto, pois para alguns ela foi elevada ao Céus. Mas este fato já é por assim dizer superado, e, embora ela tenha sido elevada aos Céus se compreende melhor esta afirmação, no sentido de que ela foi “Assunta ao Céus” (Assumida). E naturalmente assumida por Deus, o que não anula em hipótese nenhuma sua assunção, mas dá uma compreensão de que ele morreu e se encontra na comunhão dos Santos.
Bem a questão é que os “Dogmas estabelecidos pela Igreja Católica” podemos dizer que não são discutíveis, porque pertencem, por assim dizer à Igreja Católica e seus fiéis. Mas recentemente participei de um Congresso Mariologico e lá se discutiu alguns pontos que nos unem como cristãos, na intercessão de Maria por nós pecadores.
Estavam neste congresso alguns “doutores” em Teologia e outros, também um pastor, que muito bem expos sua compreensão evangélica dessa INTERCESSÃO de Maria e padres e Irmãs. Não convém citar aqui os nomes dos mesmos, visto que não é meu interesse, nem tenho autorização dos mesmos para expor os seus nomes.
Fato é que posteriormente houve criticas, ou talvez apenas “CRITICA”. Sob algumas frases ditas durante as palestras, por alguns dos palestrantes, destas frases quero apenas deixar claro aqui minha concordância com os palestrantes uma que diz: “Maria não é uma Santa Católica”. Obviamente é claro que não concordo com a crítica em torno desta afirmação que surgiu nos meios de comunicação.
Quero expor aqui, então, que não só Maria de fato não é uma Santa Católica, como nem mesmo o Cristo do qual ela é “Filha e Mãe” (frase talvez incompreensível por muitos), é Católico.
Ora, dizer que Maria não é uma Santa Católica é mais do que compreensível, mesmo por aqueles que não tiveram oportunidade de estudar sobre o assunto ou que apenas possuem o “suposto” conhecimento popular ou ainda, se preferir “devoção popular”. O Incrível é que esta crítica provém de alguém ou alguns que se dizem “estudados” é pior ainda, se acham sabido, conhecedores do assunto.
Quanta ignorância! Em achar, (é isto mesmo, ACHAR, porque isto nada mais é que achismo), que Maria é uma Santa Católica. Na verdade quer aceite ou não ela não é uma Santa Católica, e muito menos Cristã, (no sentido estrito da palavra Cristão), visto que ela foi no máximo seguidora do Caminho, se é que podemos dizer assim. Como bem relata a história tanto da Igreja, quanto romana; os hoje chamados cristãos não o foram desde o início, este nome provém do fim do primeiro século para o início do segundo, depois de Cristo.
Maria é sim uma Santa Cristã no sentido de que ela como seguidora do Caminho, juntamente com os Apóstolos e primeiros cristãos, como bem relata o livro dos Atos dos Apóstolos: “Os cristão tinham tudo em comum, eram perseverantes na Oração [...]”, (cf. At 2,42-43). Na verdade algumas traduções nem mesmo põe Maria neste texto de primeiros cristão ou no texto da vinda do Espírito Santo (cf. At. 2,1-4).
Agora que a Igreja Católica nos seus membros fiéis foram, por assim dizer, os primeiros a prestar culto a Maria, reconhecendo nela um Ícone da vida bem-aventurada, ou seja, vivida na constante busca das virtudes evangélicas; isto é muito claro para qualquer um que tenha se dado o cuidado de estudar um minúsculo texto da história da Igreja e dos primeiros cristão (seguidores do Caminho).
A magnífica posto na boca de Maria no Evangelho de São Lucas (cf. Lc 1,46-55), é sem duvidas retalhos dos textos do Antigo testamento, significando ai que Maria era Judia; embora as mulheres não tivessem “relevância” naquele tempo e contexto histórico. Jesus também era Judeu e nem por isso nós deixamos de ser chamados de Cristão, porque de fato somos chamados de cristão porque seguimos os relatos e exemplo de Cristo e nisto cremos. Que Cristo é o Filho de Deus feito carne e que habitou entre nós, morreu e RESSUSCITOU e nisto consiste o fundamento de nossa fé. (cf. 1Cor 15,14).
Sabemos plenamente que Ele é o Único mediador entre nós e o Pai, não há outro caminho para o Pai senão o próprio Cristo: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. (cf. Jo 14,6). Ninguém vai ao Pai senão por Cristo. Mas é sabido que uns podem Orar pelos outros, (cf. Tg 5,16). Ora se podemos orar uns pelos outros, como se pode imaginar que os Santos não podem interceder por nós? Logo Maria é mediadora na comunhão dos Santos, como parte dos remidos por Cristo. Pode parecer curioso ou talvez obscuro para alguns, mas isto não é questão de pura fé, mas tal qual lógica, embora deva-se reconhecer que a fé não é lógica, nem tem pretensão de ser.
Logo, é incabível alguém dizer que Maria não é de fato um elemento que une todos os cristãos, ou ao menos deveria ser ponto de união entre todos os que confessam crer no Cristo, visto que Maria é a Mãe de Cristo.
Portanto, não há nenhuma objeção da parte da Igreja Católica que as Igrejas consideradas Históricas, venham no decorrer de sua caminhada e reflexão cristológica e teológicas intrinsecamente ligadas à parte histórica do Jesus histórico, em reconhecer a figura de Maria. Mesmo que algumas delas e na verdade a maioria delas não preste culto a Maria e nem mesmo entenda o sentido do culto que os Católicos prestam a Maria, que é em última análise um culto a Cristo e não a Maria, Maria continue sendo um ponto de comum fé, de comum elemento entre os cristãos, vendo em Maria a Mãe “Biológica” daquele que todos os cristãos professam sua fé, Cristo Jesus, Verbo encarnado e que feito homem viveu, entre nós, morreu e Ressuscitou.
