Ensaios sobre GLBTS e o Bom Senso
Questões de bom senso
Por Frater Everaldo scj
everaldofco@gmail.com
Estava eu na casa de meus pais, no período de férias merecidas. E não tendo muito o que fazer aproveitei para ler e refletir, mas certo dia estava eu de frente para a TV. Porque não ligar e ver se há algo para descontrair um pouco.
Bem, então, lá estava eu a mudar e mudar de canal, de repente um tema chamou minha atenção: Sabatina religiosa.
Como assim? - Interroguei-me.
Deixei o controle do lado e fui averiguar qual era o conteúdo do programa, qual não foi a surpresa em constatar que se tratava de um Padre, um Pastor, um Pai de Santo, um Espirita; que faziam perguntas para um “ateu” – presidente da ateia[1] – é isso mesmo.
Não quero entrar no mérito de discutir o que é a ateia, cada um de acordo com seus interesses procurem saber.
Então, o que me motivou a escrever este texto? Bem em primeiro lugar faz dias que acompanho diversas notícias nos jornais nacionais e ouço alguns argumento, no dia-a-dia, que são irrelevantes para qualquer ser que use uma centelha de sua razão[2].
Segundo, a desonestidade do sujeito entrevistado, foi tanta, que não dá pra não escrever aqui como foi seus atos, e nem como poderia ser o mundo se todos seguissem tão péssimo exemplo de desonestidade intelectual. No, entanto, escreverei outros argumentos abordados no programa, para quem sabe possa lhe fazer pensar algumas questões destas e abrir-lhe outros horizontes da razão, para pensar estes dados com mais clareza e honestidade intelectual, moral, ética e respeito.
1º - As coisas físicas surgem do nada e vão para o nada, será?
Não. Ainda que segundo os supostos argumentos do indivíduo isto é “comprovado cientificamente”, pode ter certeza a resposta é não, veja bem, há séculos o ser humano, “iluminado” pela ciência, não era capaz de enxergar as moléculas de água (H²O) e se considerava que a água era um liquido essencial para a vida, mas se sabia sua composição. Alguns séculos depois se conseguiu decodificar as moléculas de água e de dezenas de gases (os da tabela periódica). Enfim o que quero dizer é não há nenhuma possibilidade de surgir nada do nada e ir para o nada, o que acontece é que nossa visão e equipamentos “modernos” não é capaz de identificar estas nano-partículas que se fundem tornando-se visíveis por um breve espaço de tempo e por razões que ainda não sabemos, se é que saberemos um dia, voltam ao seu estado anterior tonando-se novamente invisíveis mesmo as “supostas tecnologia de ponta” que temos até então.
Não é preciso ser estudado nem mesmo crer em Deus para ter esse raciocínio, é preciso apenas duas coisas: olhar para a História e ter honestidade intelectual no raciocínio.
2º - Porque é que as mulheres devem ser sacerdotisas (padras), segundo o entrevistado do programa de televisão supracitado?
Não. As verdadeiras mulheres católicas sabem porque é que elas não podem ser ordenadas sacerdotisas, porque estas vivem sua fé na honestidade histórica e intelectual. Contudo as que ainda não compreendem é porque não abraçaram a fé em Cristo de modo verdadeiro e dentro da igreja Católica segundo a sua Doutrina.
Então, porque é que o sujeito que se diz ateu, considera que a Igreja Católica é discriminativa a este respeito por não ordenar mulher?
Simples, ele é ignorante até mesmo no que ele pensa ser razão, na verdade não é só ignorante é também desonesto consigo mesmo intelectualmente, pois inicia um pensamento e quando vê que este vai culminar no ponto certo que o argumentaria sobre o porquê não; ele foge desesperadamente, como se lhe fossem arrancar as vísceras.
Nesta questão note apenas uma coisa, e para isto não se faz necessário crer em Deus. Tão simplesmente ser mais uma vez honesto consigo mesmo e com sua razão.
Vejamos, o cara acha que não ordenar mulheres é discriminação para com as mulheres. Pergunta-se: Está no direito das mulheres Cristãs Católicas que eles por terem abraçado a fé católica lhes dá o direito de tornar-se padre? Não. Então me diga, porque é que um sujeito que não sabe disso deve considerar que elas tem o “direito de uma justiça igualitária” de serem sacerdotisas?
Quando ele nem mesmo é católico, embora possa vir a ser, e mesmo não sendo possa ser extremamente religioso, claro que não é o caso do sujeito acima citado, mas se ele nem é Católico, nem Crente, nem religioso[3], nem faz parte ao menos da instituição que é a Igreja Católica.
Como pode se achar no direito de indicar “justiça para com as mulheres católicas”, sendo que nem elas em pleno uso da razão e tendo abraçado a fé Cristã dentro da Igreja Católica, abraçam sabendo que não poderão ser ordenadas sacerdotisas?
Onde ele está embasado para ter tal pretensão?
Vejamos um exemplo de o porque ele não tem noção do que pensa ser “justiça” e nem do que é uma instituição, seja ela Religiosa ou não.
Se eu não faço parte de uma instituição, como é que eu posso achar que eu tenho o direito de eleger liderança para a mesma? Resposta: por completa ignorância, incompetência racional, desvarei, falta de respeito e “noção” errada de justiça, acrescida de desonestidade intelectual.
Se eu e você não fazemos parte de uma instituição ou Club, não temos o mínimo direito de indicar seus líderes (presidentes e comissão trabalho) esta função diz respeito unicamente aos que participam da instituição ou do Club. Ainda que se trate de fé, ele não crê, então o que lhe dá o direito de dizer que não ordenar mulheres é discriminatório?
Resposta: Burrice.
Sou extremamente contra pedofilia e abuso sexual, creio que todos os seres humanos devem denunciar este crime, mas dizer que ordenar mulheres resolveria este problema, alto lá.
Dizer que os padres devem casar para serem mais fiéis ao Celibato é desconsiderar que os casais, homens e mulheres, não são fiéis um ao outro – não todos, mas um número muito maior do que de padres que caem neste dilema (obviamente também por serem um número muito maior de casados do que de padres, não ignore isto) – de modo algum uma coisa justifica a outro, deve-se ser fiel tanto no Celibato, como no Matrimônio.
Agora do ponto de vista do exemplo querer indicar que a Instituição/Igreja que eu não faço parte tenha lideres ordenados do sexo feminino por questão de justiça é ignorar a própria justiça, e é querer votar e fazer leis para uma Nação[4] da qual não faz parte.
3º - Porque que é que os (as) homossexuais querem casamento no religioso?
Porque não sabem o que é o Casamento no Religioso, (na Igreja Católica). Vejamos de modo simples o porquê é que posso fazer tal afirmação. Primeiramente gostaria de dizer que esta resposta caminha paralelamente com a da questão anterior, no que diz respeito ao desconhecimento do direito da mesma.
Assim, sendo serei mais breve. Então, se uma pessoas é Cristã Católica ela deve abraçar a Fé em Cristo, mas Juntamente a Doutrina da Igreja Católica. Do contrário ela não será uma pessoa que é Católica em todos os aspectos. Seria como querer fazer parte de um Club, e se as normas do mesmo restringe o uso da piscina apenas para as pessoas que estão em dia com a mensalidade do Club; contudo, um indivíduo, mesmo sabendo disso quer por “justiça igualitária” fazer uso da piscina sem estar em dia com as normas/doutrina prescritas do mesmo Club[5] ao qual aderiu por livre espontânea vontade.
Pesquise e saberás que o casamento na Igreja Católica tem por sentido Fundante a ordem: “Sede fecundos e multiplicai e que ninguém separa o que Deus uniu”. Está implícito nesta frase, TENDES FILHOS e a INDISSOLUBILIDADE DO MATRIMÔNIO.
Vou falar só da primeira afirmação, se um casal mesmo sendo Cristão Católico, praticante e em dia com os sacramento de iniciação na Igreja, quer casar na Igreja – comumente chamado de: casamento religioso ou no religioso – e não querem ter filhos, este casamento é desnecessário do ponto de vista da fé da Igreja. Fui claro?
É o caso clássico dos pais de Santa Terezinha, que casaram-se, mas não tinham relações intimas (relações sexuais) porque queriam ser santos sem mácula, e acreditavam que o sexo os mancharia com o pecado; contudo como bons cristãos e no caso deles Católicos, numa conversa com um Padre, seu sacerdote confessor e amigo, disseram que viviam desta forma, sem tocar um no outro porque queriam ser santos, e quando o Padre lhes disse que não havia nenhum pecado no sexo e procriação entre o casal, e que os filhos são uma benção de Deus, voltaram para casa tranquilos e felizes e nos anos seguintes tiveram suas filhas, dentre elas santa Terezinha.
Não há necessidade de casamento no religioso, do ponto de vista da fé Católica, se o casal não pretende ter filho ou filhos Biológicos[6]. O que não os dispensa do direito de casamento legal no civil, que lhes garantirá os direito conjugais previstos na Constituição Federal.
Assim também é que a Igreja por sua fé e Doutrina não pode admitir casamento entre pessoas do mesmo sexo, porque no seu inicio já é nasce sem a possibilidade de ter filhos, isso sem considerarmos aqui as questões morais do mesmo, o que não dá o direito aos mesmos de o exigirem, porque neste caso entram na limitação da não procriação. Logo seria inválido tal casamento do ponto de vista da Fé Católica.
Contudo isto não quer dizer que não possam ir à Igreja, rezar, ouvir a Palavra, participar de eventos, serem bem tratados e respeitados. Porém se querem mesmo ser Cristãos Católicos, não deveriam nem pedir casamento no Religioso, pois devem abraçar a fé na Igreja/Instituição juntamente com suas Doutrinas, de livre e espontânea vontade, caso não queira abraçar a doutrina da Igreja deve ir, como diz um amigo meu, cantar de galo noutro terreiro.
Isto não é questão de injustiça/justiça e nem de fé, se você que ler este texto, for honesto consigo mesmo, verás que você é que não pode querer assistir ao Show do Milhão na Globo. Se quer tal programa deve mudar de canal. Você é que não pode querer comprar um pacote de farinha de trigo que venha com metade farinha e a outra metade açúcar – não sei se consigo ser claro – mas é assim que a coisa caminha, e é por questão de justiça mesmo. Alegar que a Instituição/Religião não se molda as suas vontades e desejos é que seria injustiça, pois ela, a Religião, estaria descumprindo seu papel de Indicadora/anunciadora do Reino.
Tal qual uma escola não deve aprovar um aluno que não alcançou as médias, só porque 99% dos alunos alcançaram; e alegar este único que reprovou foi injustiçado por não ter ganho meio ponto (0,5), para passar, junto com os outros para a outra série. O aluno é que deve estudar mais no próximo ano e tratar de se auto-disciplinar para alcançar a média, do contrário os outros podem entrar noutra sala, mas ele terá que permanecer por ai.
Assim quem não abraça a fé Católica por inteira, deve naturalmente, ficar barrado pelo caminho de alguns Sacramentos, e isso por uma questão de justiça.
Se não podem ter filhos Biológicos, não podem casar na Igreja. E isto não é uma questão de fé propriamente dita, é antes uma questão de inteligência no uso da razão. Não preciso ter fé para lhe dizer que não preenche os requisitos para trabalhar na empresa de marketing e vendas. Preciso apenas dizer que você não tem as habilidades (pré-requisitos) necessárias para trabalhar como vendedor (a) e tão pouco com a área de marketing.
E nem por isso estou discriminado o indivíduo, estou sendo honesto com ele, porém, contudo, ela não tem direito algum de indicar quem deverá ser trabalhador legal na empresa, visto que não lhe cabe tal função, pois nem faz parte da empresa/instituição.
Logo, não está apto porque não responde os pré-requisitos do verdadeiro sentido de quem quer trabalhar com venda, não irá ser vender, não poderá ser vendedor, não irá ter filho biológico, não poderá casar na Igreja, porque não corresponderá ao sentido do matrimônio como entende a Igreja.
Lembre-se isto não anula a possibilidade de casamento legal no cívil, que tem por finalidade assegurar nas formas da lei os direitos entre partes contraentes do casamento perante a lei e da formação de uma nova “família” na forma legal do direito de igualdade, aqui entre dois seres humanos, pois para a lei já é possível casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Só não é compreensível, o porquê que estas pessoas querem o reconhecimento da Igreja para seus atos (ilícitos) em dissonâncias com a Doutrina da Igreja. Ora, não é preciso crer em nada, muito menos em Deus, para entender que se você não quer “vestir a camisa do Club” não pode jogar pelo Club, o que não impede de jogar noutro onde as normas permitam jogar sem camisas.
Logo, se se crê, não se teima com a intenção de transgredir/mudar a Doutrina de sua fé e Instituição, se não crê não tem porquê querer a aprovação da Instituição a qual o indivíduo não está disposto e respeitar suas normas.
4º - Porque querem que a Igreja Católica apoie o uso da camisinha e cia?
Por falta de entender o ponto de vista da Igreja sobre o Ato Sexual.
Este para a Igreja não é meramente um modo de obter prazer, mas esta intrinsecamente ligada a vida do casal, que visa a procriação, considere-se aqui que não é apenas para a finalidade de procriação o Matrimônio na Igreja, haja visto que se assim fosse não se sustentaria os casamentos entre viúvo e viúva, sobretudo quando de idade avançada. Fique claro!
Não estou dizendo que se o casal quer ter apenas dois filhos ou um só, então deva casar para ter esta intimidade relacional apenas duas vezes ou um só. Não é entendido desta forma pela Igreja, mas muito mais que uma transa a igreja vê nesta intimidade o ápice da união conjugal, da troca de carinho, da convivência harmoniosa entre homem e mulher, enfim como um verdadeiro êxtase do amor-cumplicidade entre os dois.
Desta forma mesmo sendo extremamente pertencente a vida do casal, não se elimina a imensa gratificação simbólica da entrega total um para o outro, mas lembre-se, esta entrega simbólica-real, pois são dois indivíduos que se amam, são para a vida toda.
Não tendo ou deixando a possibilidade de ser um mero momento de prazer ou divertimento; do tipo o casal vai levando a vida e em determinado momento não tendo o que fazer, já que anoiteceu ou é feriado ou ainda fim de semana, vai para a cama e transam para passar o tempo. Não é isto.
Do ponto de vista da Igreja este é um momento quase que “sagrado[7]” entre os conjugues, onde ocorre uma entrega total que envolve todos os aspectos do casal, passado, presente, futuro, vida, trabalho, amor e entre dois. Por este motivo não há uma norma de quantas vezes os casais devem transar durante a vida, pois é algo espontâneo nascido de um verdadeiro amor um pelo outro, este amor não podendo se conter “derrama[8]” e, então, forma um outro indivíduo fruto do amor entre o casal.
Então, tendo esta certeza do que é o ato sexual entre o casal é que não se pode em hipótese alguma aceitar o uso da camisinha e outros preservativos. Pois o uso destes é uma prova de que o ato seja premeditado para diversão e puro prazer. Desvirtuando-se do sentido de entrega do amor entre os dois, mas fruto de uma pura atração carnal dominada pela razão e com finalidade de diversão, eliminando o sentido de cumplicidade e doação amorosa um para com o outro, pois neste caso desde o encontro não se deseja procriar, mas divertir-se com o corpo um do outro, o que é abominável segundo a Fé e Doutrina Católica e de diversas outras igrejas cristãs no Mundo.
Daí deriva a impossibilidade de a Igreja apoiar uso da camisinha, pois esta é símbolo do prazer descomprometido entre homem e mulher[9]. Não está em discussão aqui se com ela evita-se inúmeras doenças.
Ora, o que estou dizendo é que não ter relações antes do casamento elimina todas as possibilidades de doenças sexualmente transmissíveis, isto não é questionável, nem proposto pelas lideranças da sociedade atual.
Se os pais ensinassem seus filhos e filhas que o corpo de um de outrem deve ser respeitado e cuidado para quando tiver abraçado o casamente seja ele no Religioso ou não, todas as DSTs estariam em extinção, pois não se proliferariam.
Você já pensou no bem que seria para a humanidade ter extinguido a AIDs a décadas, pois não contaminaria ninguém por uma brincadeirinha momentânea de transar por prazer que depois lhe custará a vida?
Contudo este não é o motivo do porque a Igreja é contra o uso da camisinha cia, mas o que eu disse anteriormente, que o corpo de um e de outrem deve ser exclusivamente para um amor cumplice entre duas pessoas que se amam e se doam plenamente por amor.
Enfim, aqueles que dizem não ter fé, poderiam aderir a este conceito sem requerer nenhuma atitude de fé, mas simplesmente por querer viver. Pois, nem os crentes que creem em Deus e na certeza do Céu querem morrer, quanto mais um suposto ateu que na sua suposta convicção diz ter chegado seu fim, com a morte[10]. Não é preciso fé para entender isto.
5º - Porque querem que a Igreja apoie o aborto?
A primeira resposta e bruta e tosca: porque já nasceram. Contudo revela uma profunda verdade. Porque matar aqueles que não podem se defender? Porque eu já nasci e os outros não me importa, Mundo individualista ao extremo. Depois, porque estes não produzem ainda, e na visão de um Mundo Capitalista e consumista só é valido aqueles que já produzem, se não produz não faz falta a humanidade, e aliás um peso.
“O mundo do descartável funciona assim não me serve ainda jogo fora, não quero, porque eu iria querer uma pessoas que vou ter que passar no mínimo 18 anos sustentando?
A visão consumista é desumana com o ser humano, o faz ser a seus olhos um objeto, uma máquina que quebrou, não conserto de súbito, mas avalio se por outra no lugar não será mais barato e vendo que será mais barato jogo no lixo e chama outra maquinazinha, afinal ai fora está cheio de maquinas novas esperando uma vaguinha pra ser empregada por uma merreca[11]”.
É lamentável, é doído, mas é fato. Agora, pensemos por um instante; porque é que tal ideologia quase demoníaca, senão a é de fato, quer que uma Instituição comprometida com a Vida concorde com esta barbárie?
A Igreja não concorda e creio e espero que jamais concordará, pois seria perder o sentido pela qual ela foi fundada.
Seria como querer que a caneta fosse utilizada com êxito para assar churrasco no lugar do espeto e acima de tudo dizer: Não você é alongada e tem ponta, tem que servir para assar carne na churrasqueira.
A Igreja não pode apoiar este ato por ser simplesmente contra seu princípio fundante. Contudo há quem diga que a Igreja é retrógada por não apoiar tal desumanidade, como se a Igreja tivesse que se moldar as suas ideias assassinas.
Quem pensa ter o direito de tirar a vida de outro deveria antes experimentar morrer, pra ver se é bom. Depois então, poderia fazer tal especulação.
A segunda resposta para tal questão é: porque não se respeita a resposta da questão anterior, a saber, 4ª que se referia a busca de prazer sem limites fazendo uso do corpo de outrem como objeto e não como um outro ser digno de respeito e amor igual a mim.
Quando uma ordem natural deste é desrespeitada a sua consequência é inevitável. Pois o ser que não nasce do amor entre duas pessoas que se amam. É quase que naturalmente impossível de ser amada por duas pessoas que buscavam seu puro prazer[12].
Daí resulta que os que defendem o aborto são réus confessos de desrespeito para com o próximo, crendo ou não em Deus. São per si mesmo condenados por suas mentes que fazem o que lhes convém para seu prazer, na maioria das vezes, senão todas, é uma busca incessante de fugir da sua dura[13] realidade onde o outro tem os mesmos direitos e deveres que eu.
Enfim, aqueles (as) que querem liberdade para matar pessoas de forma juridicamente correta – mesmo sendo incorreta à razão – são pessoas capazes de matar qualquer um, pois se não respeitam o próprio filho (a), creio que não há pessoa tão ingênua de pensar que seria poupado por estes seres se eles, num determinado momento começar a considerar você como alguém “inútil” ou “desnecessário” ou ainda que está causando “gastos demais”.
Como a Igreja não põe o dinheiro acima do ser humano, gaste ou custe o que custar, ela nunca deverá apoiar o aborto/assassinato.
6º - Porque para a ateia[14] não tem problema algum brincar, fazer chacota com artigos de fé e religiosidade das religiões?
A resposta é muito simples, são desonestos[15]intelectualmente - não se pode generalizar para com todos os membros, pois é possível que haja indivíduos idôneos na associação – consigo mesmo, logo, você crê porventura, que seriam honestos com outrem?
Não há dúvidas de que não, para quem é capaz de negar a própria realidade, é sem dúvidas alguma capaz de negar qualquer outro fato e fugir como um desesperado da discussão que logicamente o levaria admitir que seu pensamento esteja equivocado.
Exemplifico segundo palavras do presidente da ATEIA Brasil. Ele estava no programa de TV rodeado por um Pai de Santo, um Espirita, um Pastor e um Padre, diante das questões propostas e discutidas, no nosso casa aqui, estamos falando do brincar, fazer chacota, com objetos de culto e ícones sagrado para outras religiões, o Pastor perguntou a ele porque é que eles não crendo em nada[16]tem “necessidade” de usar símbolos das religiões para gozações? Ele respondeu que eles não fazem isto.
Então o pastor disse porque é, então, que no site da ATEIA havia imagens eu depreciavam as igrejas, sobretudo a igreja Católica, porque no site havia imagens de mulheres e homens homossexuais, transando entre si com sentados na Bíblia e enrolados nos terço, etc.
Respondeu o moço negando saber de tal imagem no site deles, do qual ele é o responsável direto, o postar questionou tal atitude, ao que ele respondeu que não havia a imagem no site; obviamente o pastor tornou a afirmar que havia sim, e que se admirava dele dizer que desconhecia o próprio site que ele é o responsável.
O presidente da ATEIA respondeu, então, que o pastor mostrasse a imagem, para ele tomar uma decisão simples, que seria: a Imagem irá permanecer, porque ela é sagrada para os católicos e não para eles.
Perguntaram qual o problema deles, ateus, em respeitar o que é sagrado para os outros, ele respondeu, que eles não tem nenhum motivo para ter tal atitude de respeito por qualquer pessoa que seja, eles devem respeitar apenas eles mesmo se quiser e quando quiser, não existe padrões que estabeleça normas para eles além de preservar o própria vida.
Note que ele muda do assunto da pergunta, sobre o desrespeito, para com os ícones sagrados e imagens depreciativas que eles montam, e já irritado com a falta de argumento da parte dele, para “justificar” seus ataques as religiões, em fim aos crentes e parte para a defesa da própria vida como bem último, mas apenas a vida de si, se precisar tirar a vida de outrem não há nenhum problema para eles.
Nisto ele ainda afirma que o dever de zelar da vida dos outros é apenas do estado e não deles. Assim sendo ele não admite em hipótese alguma que poderia falar, sobre a imagem no seu site, pois só lhe é possível acreditar naquilo que ele vê.
Enfim o argumento dele é extremamente vazio quando afirma: “as imagens usadas são sagradas pra vocês e não para nós”. Desonestidade intelectual, que o levou a negar a existência da imagem, agora é afirmada, quando diz que eles podem brincar, fazer piadas, porque é sagrada para os crentes e não para eles.
7º - Porque as pessoas querem que a Igreja refaça casamento de segunda união[17]?
Porque a maioria das pessoas não veem o Matrimônio como um evento escatológico transcendental que ele é na vida da Igreja e de seus filhos[18]. Ele o Matrimônio é dentro da Igreja um passo a mais na maturidade da vivência de dois membros da Igreja que por vocação dada por Deus, Criador de todas as coisas, amando-se mutuamente desejam abraçar esta vocação por toda a vida e servir a Deus como resposta ao amor que emana do próprio Deus e perpassa, ainda que uma centelha, a vida conjugal dos dois.
É por isso que ele tem caráter indelével, ou seja, é indissolúvel. Porque a união na Igreja não compreende apenas um mero evento social, mas uma união espiritual “ministrada na vida do casal pela próprio Deus”.
O fato é que o desconhecimento de algumas dessas características do Matrimônio leva a maioria das pessoas verem um evento puramente social, e até se esquecem que o evento social-jurídico está reservado ao casamento no Civil, não ao religioso.
O problema é que na sociedade atual as pessoas querem manter a tradição e não a “Tradição[19]” de que o casamento na Igreja é instituído por Deus, e que sendo ele abraçado dentro dos Padrões naturais da união conjugal, não será um peso vivê-lo com amor e doação um ao outro, mas com a naturalidade de quem ama, ou seja, a liberdade do amor sem barreiras, que não tem limites para amar.
É este amor abraçado de forma plena que faz um cuidar do outro com quem se uniu em Laços Matrimoniais mesmo que ele não responda mais as suas obrigações implícitas deste Sacramento. Na verdade para muitos faltam compreender até mesmo porque o casamento no religioso é um Sacramento.
Exemplifico o porquê vejo como uma naturalidade e liberdade para assumir os compromissos que dele, do Matrimônio, emanam.
Quando um casal este pensando em casar, quem fala de alguns compromissos que agora a pessoa deverá responder, não são os dois, são os amigos (as) e familiares. O casal não se pergunta, nem faz listas do tipo: vamos ter que pagar luz, água, telefone, estudos, roupas, calçados, alimentos, cinemas, Tv (a cabo), combustível, taxi (se for o caso), ônibus, passeios, médicos, exames, produtos de limpeza, etc.
Na verdade se o casal pensasse em tudo isto veria o casamento como um imenso peso; eles não pensam tanto nisto porque estão inebriados pela Amor-Paixão e é bom que assim estejam, pois sempre que fizerem memória e buscar reviver este mesmo “impulso[20]” amoroso-apaixonado que os levaram a decidir-se casar, renascerão como que das “cinzas” dos desafios, que possam vir a surgir na vida a dois.
Contudo como não veem todas as obrigações decorrentes deste Sacramento, pois estão na maioria inertes no amor que emana dos corações dos dois, eles abraçam com a viva esperança de que será maravilhoso viver ao lado um do outro, e será mesmo, sempre que não deixarem os “probleminhas” sufocarem o amor entre os dois.
Ora vendo neste aspecto a casamento na Igreja, é irracional pedir que a Igreja readmita ao mesmo Sacramento as pessoas que outrora se uniram neste intuito e desejo, exceto é claro quando há possibilidade de declarar que não houve o Sacramento consumado. Isto é quando um não se entrega ao outro na cama, por exemplo. Neste caso não é desfeito Matrimônio, mas na verdade é declarado que não houve Sacramento.
Existem outros casos que é possível decretar nulidade do Matrimônio, não pretendo aborda-los aqui, mas quem se interessar pode averiguar no Direito Canônico.
Enfim desconhecendo estas pré-disposição que exige naturalmente a Matrimônio é que muitos consideram que se deva readmitir a um segundo casamento, neste caso não creio que a Igreja vá entender assim um dia, mas que certamente apure com os processos de nulidade é crível.
8º - Porque muitas pessoas não casam no religioso, mesmo sendo católicas?
É muito claro o porquê, mas não creio que seja sabido pela maioria das pessoas. Veja bem, há um número de fiéis que participam da vida da comunidade e estão namorando tranquilamente, as vezes a anos, quando resolvem “casar” vão morar junto, sem contrair o Matrimônio legalmente na sua Igreja e comunidade cristã.
Isso se explica de diversos modos, vou tentar elencar dois: 1º Há casais que fazem as perguntas de peso anteriormente citada, ou seja, pensam e se não der certo? Como vou poder casar, então, com a pessoa certa? Na Igreja não há separação, vai ficar mais difícil. Certamente que sim, pois já será casado do ponto de vista religioso, exceto nos casos elencados acima, o que está por trás dessas perguntas e afirmações? Um monte de sacralidade embutida.
Isso mesmo, quando não se casa é porque tem medo de Deus, medo de ser punido, medo de dar vexame – do ponto de vista social – obviamente que não há maior vexame do que fazer as coisas pelas metades, mas atualmente é assim que se vê.
Sacralidade embutida, porque a pessoa crê em Deus, segue sua religião, participa da comunidade, tem os Sacramentos previamente que o permite unir-se na Igreja, mas não fez, não sente a liberdade de Filho (a) de Deus.
É noutras palavras como se quisesse casar com a “Maria” deixando a porta da e para a “mariana” aberta, é como querer navegar com os pés em dois barcos, é no fundo uma insegurança de ser capaz de responder a tão belo ideal de amor conjugal, é enfim confiar em Deus desconfiando, é em última análise apegar-se as coisas terrenas e esperar delas a certeza, pois isso quer viver/morar junto primeiro, para testar/experimentar.
O 2º fato é que não quer fazer festa, como se casar na Igreja necessitasse de festas externas, a festa deve em primeiro lugar ser no coração dos nubentes. De modo que ambos se alegrem por um ato explicito de amor um pelo outro e do desejo público de unir-se à pessoa amada por toda vida. É dar, por assim dizer, “uma prova” do amor-apaixonado que se sente e emana de ambos.
Nem todos os casais que vão morar junto são de fato porque não querem fazer festas, obviamente que não. Há aqueles que na verdade pularam um outro aspecto do Matrimônio Cristão, a castidade, com a desvalorização desta, em inúmeros casos a gravides vem antes do casamento, e muitos num ato “heroico” para a sociedade assume o filho (a) e a namorada indo morar juntos.
Não estou dizendo que não se deva assumir caso aconteça tal ato, mas por favor, dizer que isso é um ato heroico é ridículo, pois dois motivos, primeiro porque não respeitaram as etapas da própria vida, atropelaram as normas naturais da vida entre o casal, e vem me dizer que é um ato bonito, da parte dele? 2º Porque a possibilidade de acabar com a vida da mulher e dele é muito maior, tornando a vida de ambos um tomento, insuportável até o ponto que veem que não é possível mais habitarem sob o mesmo teto.
Enfim, a vida dos dois está ainda pior se ele tivesse assumido o filho (a) e continuassem o namoro para depois de uma maturidade e tranquilidade pudessem decidir-se se é isto mesmo que querem, viver juntos para sempre. É por, assim dizer, tentar concertar um erro cometendo outro maior. É preciso antes que os pais e adultos zelem pela castidade, ninguém está limitando o namoro, apenas analisando os fatos concretos da vida cotidiana.
Quando os pais passarem a ensinar desde pequeno para seus filhos e filhas o valor e a saúde que podem ter para a vida toda preservando-se do sexo precoce, a humanidade vai entender que não é preciso crer em um Deus, para ter uma vida saudável, preciso crer em Deus e em Jesus Cristo para ter a vida eterna. Amém!
Correspondência eletrônca: everaldofco@gmail.com
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[1] www.ateia.org.br
[2] Razão é o que distingue o ser humano dos animais.
[3] Religioso: não me refiro a pessoas consagradas, nem mesmo cristãs. Lembre-se um indivíduo não Cristão pode ser religioso sem qualquer vínculo institucional.
[4] Um Brasileiro não vota, exatamente por questão de direito (justiça), para eleger presidente de outro pais e vice e versa. Ele não faz parte daquele instituição federativa, a menos que esteja lá a 20 anos. Você é católico há 20 anos, com os direitos e deveres que implicam esta Religião/Instituição?
[5] Certamente não é muito compreensível este exemplo, sobretudo para os que não veem a Igreja como uma Instituição Religiosa, que tem CNPJ e cia.
[6] Pode haver exceções, caso ambos os sexos não possam ter filhos por “anomalia natural”, e ambos casam consciente das mesmas limitações biológicas. Contudo seria de bom senso que não casassem no religioso. É preciso antes entender que Deus não condena um casal assim. Veja que o único fator aqui é que eles por limitações propriamente humanas não podem responder ao apelo de ter filhos que exige o casamento no religioso, do ponto de vista da Igreja Católica. E não na possibilidade de serem santos e fiéis um ao outro no amor “perfeito” entre casais.
[7] SAGRADO aqui porque é a cumplicidade do Amor para gerar uma nova vida. A vida é sagrada na visão da Igreja, mas o sexo entre casal e uma igual doação um para com o outro.
[8] Não é de fácil compreensão isto, visto que os filhos não são sobras de amor, mas como por espelho da Trindade, gerado da relação intima dos dois seres que se amam.
[9] Homem e Mulher, é isto mesmo entre o sexo oposto. Não entrarei no mérito das questões, de modo abrangente aqui, sobre relações de pessoas do mesmo sexo.
[10] MORTE = Palavra de uso comum, embora errada para os cristão, pois para este é na verdade sua Páscoa.
[11] Este entre aspas é pra sinalizar a grotesca, mas contundente, comparação de como é tratado o ser humano diante da ótica capitalista, que nem mesmo respeita a vida de outrem.
[12] Não se pode em hipótese alguma confundir PRAZER com felicidade, pois FELICIDADE é algo infinitamente diferente.
[13] DURA REALIDADE, entende-se, dura realidade, apenas para quem não ama, pois o Amor é uma força que torna doce e suave qualquer desafio, que possa surgir. Ele, o amor, é uma certeza de que amanhã será de muita felicidade, dando àquele (a) que ama já no presente o gostinho da vitória e a felicidade da mesma.
[14] Membros desta rede de cooperados (as). Mais acesse nota 1.
[15] Desonesto inclusive no modo de pensar, ou seja, intelectualmente.
[16] Segundo ele os membros da ATEIA não acreditam em sacralidade de nada.
[17] A Igreja tem dedicado uma imensa atenção para com este caso. É possível que venha a surgir alguma novidade em alguns casos. Aguardemos e rezemos.
[18] Filhos (as) aqui são entendidos como os que Congregam na Igreja, e como citado anteriormente devem abraçar não só a Fé em Cristo, mas também sua doutrina.
[19] Entenda-se por TRADIÇÃO e tradição, sendo que a Tradição com o “T” maiúsculo representa aqui que e perpassado de geração em geração e está arraigada no seio da Sagrada Escritura, enquanto que tradição com “t” minúsculo é uma tradição restrita a um pequeno grupo, sendo ainda passageira, é por assim dizer o que nós chamamos onda do momento, se um grupo faz todos fazem, mas tão logo se esvai porque não tem base Histórica.
[20] Impulso aqui não deve ser visto como normalmente se entende impulso hoje em dia, mas como um Amor que não vê limites para amar, como citado acima na mesma questão.