Afirmação contraditória à Razão

                Nestas linhas quero salientar sua atenção para uma afirmação que no mínimo é contraditória e confusa, não obstante presente no cotidiano.

            Tal afirmação para começo de conversa é a de que o fato de “um homem” ou “uma mulher” ter desejos afetivos por pessoas do mesmo sexo. A afirmação se dá das seguintes formas: “Eu não tenho nada com sua opção sexual”, “E daí se ele ou ela fez sua opção sexual por pessoas do mesmo sexo?” Etc.

            Bem, a questão é que esta afirmação em ambos os casos é errônea e contraditória, pois nas mais recentes pesquisas Cientificas afirmam aquilo que todos já sabiam, ou deveriam saber, “estas pessoas na maioria dos casos sofrem muito com essa dissonância interior” ou seja, é como se seu corpo executasse sua vida na tonalidade de LÁ maior e seus desejos emSOL maior ou vice versa.

            Não havendo, concordância entre o interno e o externo do ser humano, gera-se uma “falsa solução para a questão”, como por exemplo, você já deve ter ouvido pessoas dizerem que são bem resolvidas sexualmente e afetivamente com seu corpo e com os outros, quando na prática estas mesmas pessoas procuram soluções clínicas para “adaptar” seu físico a seus desejos.

            A contradição, HIPER, MEGA, ULTRA, nestas afirmações é que não se dá escolha da parte da pessoa, seja ela do sexo masculino, quanto feminino. Não importa se é uma mulher que tem atração por outra mulher ou se é um homem que tem atração por outro homem, em ambos os casos não pode ser classificada tal atitude como “OPÇÃO SEXUAL”, simplesmente porque não há uma opção.

            Acompanho diversas pessoas com este comportamento e não é uma opção, elas simplesmente não têm escolhas, não há dois caminhos, há um único caminho, ainda que com toda a “pressão social” que recebam de seus atos e modos comportamentais. Vindos dos seus familiares e “amigos”, estas pessoas não conseguem ter atração por pessoas do sexo opostos, elas estão tão presas a seus desejos como qualquer hétero, seja homem ou mulher.

            Certamente há quem não concorde com este texto, então eu pergunto e convido e refletir sobre isto: Você acredita mesmo que uma criança entre 10 e 13 anos fez uma “OPÇÃO SEXUAL”? Se você acredita nisto, então você é o ser mais “Iluminado” da Terra ou o mais “Ingênuo”.

            Caso você não tenha notado que estas pessoas ao conseguem sentir desejos contrários ao seu sexo dado pela natureza, basta começar a prestar atenção e se você for alguém atento já deve ter se lembrado de inúmeras crianças, meninos e meninas já com atitudes homossexual[1] e Cia.

            Outro fato é que o termo pode ser correto, por consenso, como o consenso de denominar as mulheres que tem filhos sem casar de “mães Solteiras” e não se chama os homens de “pais solteiros”, pois e questão de definições, mais "opção sexual" não pode existir. Porque para podermos ter opção sexual, deveríamos ser como os caracóis, Hermafroditas, (com os dois sexos) deveríamos ter, ambos órgãos sexuais completos, assim, cada um optaria por usar UM ou OUTRO, por opção sexual.

            Ora, se grande parte dessas crianças por diversas circunstâncias não puderam fazer uma escolha, exatamente porque esbarram noutro chavão que você também já deve ter ouvido “eu sou assim e pronto” - para alguns síndrome de Gabriela – o fato é que estas pessoas não conseguem ter uma harmonia no seu ser interior (desejos) com o exterior  (físico).

            Se elas sofrem com isso, é óbvio que sim. No, entanto, a maioria nega este sofrimento, que não é a morte, mas os deixam infelizes por não ter o corpo que seus desejos “sonham” ter e por não poder mudar esta “realidade”. Contudo é um sofrimento silencioso e que pode ser pacífico à pessoa. Desde que ela aceite sua condição e ao procure muda-la por meio de cirurgias. Pois as cirurgias mudam o externo, mas não mudam o sentimento e nem fazem funcionar uma perfeita harmonia entre o externo e o interno da pessoa.

           Ora, se elas fizessem uma escolha, então, deveriam ter dois caminhos, ser hétero ou ser homo. Elas não são capazes disso, é uma limitação de sua formação psíquico+biológica[2]. Caso não aceite, esta proposição anterior podes, então formular, esta: “elas são pessoas privilegiadas de mutabilidade” ou “pessoas anormais”, mas daí você vai ter que explicar o que e como se define a NORMALIDADE. Se opinar por mutabilidade, terá que explicar por que elas têm esta mutação e porque não é completa, no sentido de ter corpo e desejos harmoniosamente.

            Enfim, a discussão vai longe[3] quando se trata desses casos, eu na verdade, só não concordo com a afirmação de que é uma opção sexual. Não discrimino, e não sou homofóbico, mas não creio que estas pessoas sejam capazes de realizar escolhas, no que tange a isto, a frase mais correta deste ponto de vista é: ELAS SÂO ASSIM[4].

          Devem se portar assim e serem amadas e respeitadas como são, deve prezar pelo direito e pela ética como qualquer outra pessoa, porque no fim todos somos humanos. O desumano é preconceito e desrespeito para com o seu semelhante. Para quem crê como em um Deus como eu, todos somos filhos de Deus.

           Depoimento de uma pessoa que é Homossexual: “Não acredito em "opção sexual". Penso que cada um já nasce geneticamente programado para ser hetero, homo, etc...  Existe opção no seguinte sentido: a pessoa escolhe se vai dar ou não vazão à sua inclinação de nascença. Desse modo, um heterossexual pode optar por ser celibatário. O homossexual pode optar por não ter qualquer tipo de relacionamento”. 
           Por fim dizia a pessoa: “a inclinação dominante não é opção. É de nascença. Mas por em prática essa inclinação, aí é opção”.