AS INDULGÊNCIAS

11/08/2013 14:10

A as indulgências

 

            Recentemente, houve uma “discussão vazia” no FACEBOOK, e na mídia nacional, sobre as Indulgências. “Se preferir pode-se inverter a ordem aqui, pondo: na mídia e no Facebook e redes sociais”.

            Vazias ou não o que me chamou a atenção foram os argumentos ofensivos dos participantes, um para com o outro, de ambos os lados, dos que se consideram crentes as INDULGÊNCIAS e dos que se denominam ATEUS ou de OUTRAS RELIGIÕES ou CEITAS, que não acreditam nas indulgências.

            Partindo do principio da liberdade de expressão, esta também reserva o direito de defesa previsto em lei; o qual não delibera sobre a FÉ nem dos que seguem uma Religião, ou aglomerados de pessoas, supostamente, (para os de fora de tais grupos) visto ao menos como manifestação religiosa, quando de fato não o é.

            Enfim, as indulgências são precedidas da fé de quem a deseja para si ou para outro, simplesmente por isso é que torna utilizável o termo acima de “DISCUSSÃO VAZIA”.

Ora para quem não crê na intercessão de outrem ou não crê na vida eterna é em vão que se discutam as indulgências.

            Não que estas sejam do ponto de vista da razão nulas, pelo contrário, estas são mesmo do ponto de vista racional puro, compreensível; visto que mesmo no mundo dos negócios (isto é das coisas temporais supostamente todas racionais), preciso de “AVALISTA” que não obstante pode assumir os débitos de ouro, como interceder para que ele tenha crédito.

            Para quem tem um pouquinho de curiosidade, poderá pesquisar nos livros de História e encontrar diversos modos de interceder um pelo outro, ainda que e divergente do ponto de vista da fé, não o é do ponto de vista da razão.

            O ser humano sempre “rogou” por outro, sempre intercedeu desde os negócios até a culminar na mais antiga e hibrida narração da História humana de fé: A Bíblia. Embora os autores bíblicos não tivessem intenção própria de narrar a História como nós a compreendemos hoje, acabaram por descrevê-la do ponto de vista da experiência de fé de seu povo descrito na Bíblia.

            As indulgências requer de quem as pede um estado de graça, segundo prescreve o CEC[1], da mesma forma só poderá estar neste estado de graça quem crê e é católico, batizado. Logo quem é de outra religião ou não crê, não goza da prescrição.

            Também não é de graça que as obtém, pois bem prescreve o CIC[2], ressaltando que deverão ser cumpridas as exigências para obtenção das mesmas[3].

            Exigências estas que perpassam por Boa Intenção, Desejo de não mais voltar ao erro, práticas da Caridade e Oração, ambas inebriadas e iluminadas por uma ardente fé em Cristo.

            Compreendido isto, é totalmente vazia, a frase do FACEBOOK: “Gente, que maravilha ... Vou faltar trabalho então pra ir um dia, confessar todas as merdas da minha vida e o papa me dará certeza de que irei pro céu! Oh, alívio[4]!!!!!!

            Poderia ser uma pena que a pessoa pense assim, mas não é, note que a pessoa reconhece um monte de fatos:

1º é desonesta (porque subjulga faltar trabalho com suposto uso de uma fé, que nega e afirma;

2º é irracional, porque se encanta com a possibilidade de céu, sem crer no mesmo;

3º admite uma fé mais abrasadora que de milhões de fieis, quando afirma que o PAPA dará certeza de que irá para o céu;

4º não esta em estado de graça, pois afirma ter feito merdas[5] e que irá confessar.

            Logo é totalmente irracional e contraditório.

            Note esta afirmação: “vamos matar e roubar e dpois ir pra JMJ que tá tudo certo![6]

            Enfim, uma “grande” discussão vazia sem noção, teve até um pastor, se achando o biblista, que interpretou a Bíbia do modo que ele pensa ser “verdadinha”, dezenas de não crentes professando uma fé mais ardente, que os crentes, uns que dizem que pecado não existe, mas afirma ter feito um monte de erros e merdas.

            A liberdade constitucional de aderência a uma religião infligida em nome de própria liberdade.

            Falta de leitura, de estudo e paciência com as limitações do outro, talvez eu esteja passando por esta última ao escrever isto (falta de paciência com as limitações do outro (a)).

            Pense nisso se for capaz!

Por Everaldo

 


[1] CEC = Catecismo da Igreja Católica. Nº 1471-1478.

[2] CIC = Codex Iuris Canonici. Liber IV , caput IV,  nº 991-997.

[3] CIC 996 § 2.

[4] C.W.P. = Iniciais da pessoa que disse a frase.

[5] Para que não crê como a pessoa afirma em frases anteriores no FACEBOOK, não há referencia de pecado, apenas de desrespeito ao próximo se houver da parte da pessoa uso pleno da razão, o que parece não ser o caso desta.

[6] T. D. = Iniciais da pessoa que disse a frase. (os erros de português também).